domingo, 13 de setembro de 2009

23° Capítulo - DTDA

Quando eu acordei, estava deitada em uma cama do hospital, estava com uma máscara de respiração e algumas fios ligados ao meu corpo, além do velho e tradicional soro na veia. Eu ia tirar aquilo de mim, quando fui impedida por Kevin.

- Ow, ow tá fazendo o que? - ele perguntou segurando minhas mãos.
- Tirando isso de mim, eu quero ver o Nick! - meus olhos se encheram de agua quando pronunciei o nome dele.
- Calma, ele está no quarto já. - ele falou dando um sorriso.
- Que? - eu pensei que não tinha escutado direito - Ele tá vivo? - perguntei sem acreditar.
- Sim! Ele tá vivo! - ele falou como se fosse óbvio aquilo.
- Mas... - eu ainda estava em choque - Eu pensei que...
- Oh sim! Perdão cunhada, me deixe explicar... - ele sorriu - O que você viu, não é bem o que você pensa... - ele fez uma pausa - Quando os médicos foram falar com meus pais, eles disseram que tinham retirado a bala de dentro do meu irmão, mas ele ainda corria perigo de vida por causa das 48h depois da cirurgia, mas que tivessem fé que ele podia sair dessa vivo e sem sequelas. - ele explicou.
- Mas o Joe... - eu falei baixo.
- Sim, o Joe pensou a mesma coisa que você, quando viu a mamãe chorar daquele jeito. - falou sério.
- Eu quero ver o Nick! - falei tentando me levantar.
- Não. Você ainda não pode vê-lo, você por acaso sabe que dia é hoje? - ele me perguntou.
- Ahm? Sei lá, hoje ainda é ontem? - falei confusa.
- Não, hoje já é outro dia. Você poderá vê-lo amanha, todos poderemos! - ele sorriu.
- Não Kev, AH QUE DROGA! EU QUERO VÊ-LO! - gritei com raiva.
- Para de gritar que aqui é um hospital. - ele reclamou.
- Tá me desculpe, senhor Kevin Jonas. - eu impliquei.
- É melhor assim. - ele sorriu - Você não deveria se esforçar muito.
- Porque não? - perguntei - E porque eu estou com tudo isso aqui em cima de mim? - apontei para os equipamentos médicos.
- Porque você desmaiou, teve uma crise de alguma coisa que eu esqueçi o nome e além de tudo isso, está doente, acho que com alguma coisa. - ele respondeu sério.
- Doente? - falei confusa.
- É, é. - ele pegou o prontuário médico do lado da minha cama - Aqui, você teve uma crise nervosa, e está com um resfriado.
- Ah, resfriado.. eu sempre tenho isso Kev. - falei calmamente.
- Então, enquanto você não se curar... vai continuar nesse quarto, presa. - ele me olhou sério - Você que sabe.
- Fala sério, por isso que não curto hospitais. - reclamei.
- Hum... - ele fez uma pausa - Yasmim, foi o Alex que atirou no meu irmão não foi? - ele me olhava sério.
- Sinceramente Kev, eu acho que foi. - eu abaixei a cabeça - Ele disse que faria algo contra ele... - a memória da conversa com Alex ecoou na minha mente.
- Meus pais deram queixa na polícia contra ele. - ele falava em um tom que mostrava uma certa raiva.
- Eles já o pegaram? - perguntei com um pouco de receio.
- Não, quer dizer... já mas falam que não tem provas suficientes para incriminá-lo! - ele falou com raiva.
- A polícia é lerda pelo que me parece. - falei encarando Kevin.
- Todo mundo já sabe o que aconteceu com o meu irmão. - ele disse meio por alto.
- Todo mundo sabe que o Nicholas pagou um preço alto demais por minha culpa. - eu falei um pouco desapontada.
- A culpa não é sua. - ele me disse.
- Não adianta, eu sei que a culpa é minha, e mesmo que todos digam o contrário... eu sei que no fundo todo mundo acha isso, porque é a pura verdade. - uma lágrima escorreu pelo meu rosto.
- Talvez... - ele tentava amenizar as coisas - Yasmim... escuta uma coisa. - ele me encarava - A minha família de ama, e mesmo com tudo isso acontecendo eles sabem que você é a menina certa pro meu irmão. - ele sorriu - Nada que o Alex faça vai conseguir mudar isso.
- Ah Kevin... - eu o abraçei um pouco emocionada com aquelas palavras.
- Calma, ele vai sobreviver, ele vai fazer isso por você. Afinal... ele chamou o seu nome durante a cirurgia.
- O que? - eu o encarei - Chamou o meu nome?
- É, como eu não sei, porque era pra ele tá sei lá, desmaiado... mas os médicos disseram que ele chamou o seu nome umas 4 vezes, eles até pensaram que tinha acontecido alguma coisa com você e perguntaram para os meus pais. - Kevin explicou.
- Nossa! - eu sorri - Ele pensou em mim! - eu sorri novamente.
- Lógico, eu já não te disse que ele te ama, cunhada? - ele sorriu também.
- É! - eu dei um novo sorriso - Uh, isso é pra mim? - eu apontei pra gelatina em cima da mesinha.
- É, você vai comer, é gelatina de morango. - ele sorriu.
- Eu não Kev, odeio gelatina de hospital. - fiz uma careta - Come você.
- Tá, mas você vai comer o bolo né? - perguntou.
- Ok, ok... o bolo eu como. - eu sorri.
- Muito bem. - ele disse me dando o bolo para comer.
- Obrigada. - eu falei antes de começar a comer.
- De nada. - ele sorriu e começou a comer a gelatina.

Kevin ficou ali comigo até a hora do almoço, quando Joe chegou trazendo algumas coisas minhas junto com Ruth. A menina me contava o que estava acontecendo lá fora, enquanto Joe via tv no quarto. Kevin foi almoçar com Danielle e seu irmão mais novo em um restaurante perto dali. Os pais dos meninos permanecaram no hospital, aguardando notícias do estado do filho. De tardinha eles foram conversar comigo, pedindo que eu não ficasse nervosa, e não perdesse a fé. Dona Denise era sempre tão sincera comigo, eu podia olhar nos olhos dela e ver exatamente o que ela estava sentindo naquele momento.

Uma semana se passou e eu ainda estava internada igual a Nicholas, mas eu teria alta hoje e iria na delegacia junto com Kevin depor. Eu ainda não tinha visto Nick, e isso me deixava um pouco aflita, porque eu não sabia direito como ele estava e ninguém me dava muito detalhes. O pai dos meninos me garantiu que pediria ao médico para que eu pudesse ver Nicholas pelo menos uma vez

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