sexta-feira, 11 de setembro de 2009

22° Capítulo - DTDA

Eu bati a porta de casa e fui andando pela rua procurando qualquer coisa que me levasse até onde Nick estaria, tudo bem que era muito perigoso uma menina ficar andando pela rua a essa hora da madrugada, mas a única coisa que me importava era achar o meu amor.

Resolvi fazer o caminho até a casa do Alex pra ver se os achava, alguma coisa assim. Andei, andei e finalmente cheguei até a casa, bati na porta e a mãe do Alex me disse que ele não estava, eu fiquei um pouco nervosa e refiz o mesmo caminho. Durante a tempo em que andei eu não achei nada, olhei no celular e já eram 2 da manhã e nada do Nicholas.

Eu me sentei em um banquinho na praça, quando tive a idéia de ligar pro celular do Nick, vai que ele atende não é? Chamou, chamou e ninguém atendeu, meu corpo estava começando a ficar gelado, minhas mãos tremiam de frio e de nervoso principalmente.

Eu não tinha tempo de ficar ali sentada pensando em onde Nicholas estava, eu tinha que procurá-lo, eu tinha que encontrá-lo de alguma forma. Comecei então, a andar até a casa de Nicholas, talvez eu encontrasse alguma pista que me levasse até ele. O caminho estava escuro e eu parecia estar em um filme de terror. Ok, talvez eu esteja sendo um pouco dramática, mas é que parecia isso.... pelo menos na minha cabeça.

Eu andei por mais ou menos uns dez minutos, até que vi uns meninos de rua correndo e falando coisas do tipo 'vamos embora daqui', 'quem será que fez aquilo?'. Eu entrei na rua escura e deserta da onde eles saíram e ao andar um pouco mais, pude ver o que eu já esperava mas não queria acreditar que fosse possível. Nicholas estava caído no chão e ao seu redor uma poça de sangue começava a ficar maior, meus joelhos perderam as forças e me joguei por cima dele, tentando ajudá-lo de alguma forma.

Nicholas já estava ficando desfalecido em meus braços, eu tentava impedí-lo de fechar os olhos, entre o meu choro que parecia alto e barulhento eu podia escutar seus gemidos de dor. Eu peguei o meu celular e liguei para Joe, o menino tomou um susto e disse que estava a caminho e que era pra chamar uma ambulância. Eu disquei para a emergência e pedi que mandassem ajuda o mais rápido possível, era um caso de vida ou morte. Eu tentava fazer com que Nicholas me ouvisse, que se mantivesse acordado, que não desistisse de viver.

Fiquei abraçado ao corpo dele até que a ambulância chegou e os para-médicos os colocarem lá dentro, eu fiquei o tempo todo ao lado dele. Joe me ligou para saber notícias e disse que estava indo para o hospital junto com toda a família que já sabia que o menino corria perigo. Eu não podia pensar em perder Nicholas, eu já não tinha os meus pais... e agora o Nicholas? Não, isso realmente não podia acontecer.

Dentro da ambulância o clima era tenso demais, os para-médicos tentavam reanimar Nicholas mas nada adiantava, com o tiro que levou, ele perdeu muito sangue e isso estava complicando seu estado. Além disso parecia que a bala tinha perfurado alguma coisa, eu não sabia, eu não entendia o que eles falavam, eu só sabia e entendia que estava perdendo o meu Nicholas, o menino da minha vida, a quem eu amava tanto.

Quando chegamos ao hospital, a família Jonas já estava lá. Nós saímos da ambulância e Joe veio me segurar a pedido dos enfermeiros, eu não queria sair de perto do meu amor, eu não queria ficar longe dele. Eles levaram Nicholas até a sala de cirurgia aos gritos, pediam que saíssem da frente, que aquilo era uma emergência, que o menino podia morrer. Eu chorava como se fosse eu que estivesse naquela situação, a dor que eu sentia dentro de mim, a dor de perder alguém que você ama de novo, era bem pior do que tudo pra mim. Eu por já ter passado por aquela situação e por ter sofrido tanto, estava em desespero.

A mãe do Nicholas veio ao meu encontro e me abraçou, nós choramos juntas por um tempo, quando a família Jonas se juntou a nós duas em um abraço, cada um tentando consolar o outro. Eu me sentia culpada e mal conseguia olhar para os pais de Nicholas. Era terrível saber que tudo aquilo estava acontecendo era por minha causa. O tempo passava e ele continuava lá, sendo cortado, costurado ou sei lá o que, que os médicos estavam fazendo com ele. Meu coração estava pequenino, apertado, ele batia como se alguma hora fosse cansar e parar.

Após um longo tempo de espera e muito choro, as coisas continuavam iguais... sem nenhumas notícias de dentro da sala. Joe me levou para um canto e pediu que eu me acalmasse, ele me falava que eu tinha que ser forte, tinha que ser como uma rocha. Mesmo escutando o que ele dizia eu não conseguia, era pedir demais pra mim. Quando eu fui falar algo vi dois médicos saindo da sala de cirurgia e indo falar com a família Jonas, eles tinham uma expressão séria e dura, após ouvir o que eles disseram Dona Denise chorou mais alto e parecia que ia desmaiar, sendo amparada por seu esposo e Kevin. Eu olhei para Joe e senti meu coração bater devagar, ele balançou a cabeça como se lamentasse alguma coisa enquanto minhas pernas ficaram moles e Joe me segurou impedindo que eu caísse, meus olhos se fecharam devagar e tudo o que eu passei com o Nicholas estava ali como flahs dentro do minha memória.

2 comentários:

  1. eu comecei a ler essa parte da historia e quando chegou na parte que ela encontrou o nicholas, eu senti uma emoção na historia e podia sentir praticamente o que ela sentiu.

    Sua historias sao realmente emocionantes e muito bem escritas

    parabens pela historias, beijos miss juliana

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  2. Oiie Tami :)
    Nossa, que bom linda, eu fico imensamente feliz! Isso é otimo, adoro quando dizem que estou escrevendo bem, isso realmente me inspira a escrever mais e mais! *-*
    E que bom, eu me sinto como a Yasmin as vezes sabe? Parece que o nicholas tá na minha frente EE AHH É TÃO BOM ESSA SENSAÇÃO *-*
    HOAHAOAHAOAHS.

    Obrigada por ler, e por comentar também :)
    Estarei postando mais partes, logo log :)
    Beijonas flor!

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